O jornal espanhol La Razón recolheu na edição de 2 de dezembro, uma série de curas milagrosas atribuídas à intercessão do Papa João Paulo II quando estava vivo e que por pedido do recordado Pontífice, nunca foram difundidas nem admitidas publicamente.
Há poucos dias, estando de visita na Argentina o ex-secretário de João Paulo II e hoje Arcebispo de Cracovia, Cardeal Stanislaw Dziwisz, reconheceu ante os jornalistas que durante a vida de João Paulo II houveram fatos inexplicáveis que se mantiveram sob discrição porque ele mesmo o tinha proibido.
Segundo La Razón, possivelmente o primeiro milagre do Papa João Paulo II foi o da mãe de família inglesa Kay Kelly ocorrido em março de 1979. Tinha dedicado muitos anos a juntar dinheiro para os doentes de câncer e ela mesma contraiu a enfermidade.
Viajou a Roma com uns bilhetes, presente dos Cavaleiros de Colombo por seu trabalho solidário, aí participou de uma reunião semi-privada com o Papa e outros doentes. "Falaram, ele assinou uma foto para seu filho, abraçou-a e lhe disse: «Estou muito orgulhoso de você, você é uma mãe maravilhosa». Quando voltou para Liverpool, seu câncer tinha desaparecido", recorda La Razón recolhendo testemunhos da causa de beatificação e livros de vaticanistas como "Santo Subito" de Andrea Tornielli ou "Milagres de João Paulo II" do polonês Pawel Zuchniewicz.
Este último recolhe também casos recentes como o um adolescente polonês de nome Rafal, a quem recebeu em 1 de julho de 2004. O jovem, procedente do Lubaczow, padecia de um linfoma incurável que desapareceu justo depois de sua audiência privada com o Pontífice.
Além disso, sustenta que "na Jornada Mundial da Juventude de Toronto, em 2002, o Papa rezou por Angela Baronni, de 16 anos, com câncer de ossos; impôs-lhe as mãos e fez nela o sinal da cruz. Desapareceu todo rastro do câncer".
"Em 1980, o australiano Emil Barbar, de 29 anos, com uma paralisia cerebral que o impedia de caminhar e dificultava a fala, chamou a atenção de João Paulo II durante uma audiência com doentes na praça de São Pedro. O Papa o beijou na cabeça. Sua mãe chorava. «Levem-no a Lourdes, e verá que ele caminhará», disse o Pontífice, e deu-lhes de presente uma cruz e um terço. Emil se banhou na piscina do santuário de Lourdes e seis semanas depois caminhava", acrescenta o jornal espanhol.
Do mesmo modo, afirma que "há vários testemunhos de mulheres que dizem que a oração do Papa as ajudou a conceberem ou darem à luz. Uma católica da China radicada em Vancouver, Canadá, a senhora Lieu, acudiu como peregrina a Roma depois de ter sofrido três abortos naturais. Em uma audiência contou ao Papa seu problema. Ele disse que ela teria um filho e fez o sinal da cruz em sua cabeça. Ao voltar para o Canadá, comprovou que estava grávida, o menino nasceu bem e se chamou João Paulo Lieu. Nos testemunhos da causa há outros similares".
O jornal também recolhe o caso do mexicano Heron Badillo, filho do político esquerdista Felipe Badillo. "Tinha cinco anos e estava doente de leucemia quando o apresentaram ao Papa em Zacatecas, no norte do México, em 12 de maio de 1990. Ele se desviou do seu trajeto para impor-lhe as mãos e o beijou. O menino, depois de 15 dias de rejeitar alimentos, começou a comer, e desapareceu sua doença".
La Razón também recorda ao Cardeal italiano Francesco Marchisano, amigo pessoal do Papa. No ano 2000, o Cardeal logo que podia falar por um engano ao ser operado da carótida. "O Papa o acariciou na zona operada. «O Senhor te devolverá a voz. Eu rezarei por ti», disse-lhe. Pouco depois ficou curado".
"Outro caso documentado é o da freira colombiana Ofelia Trespalacios. Sofria desde os 20 anos de uma doença que lhe causava desmaios e paralisia. Em 1984, em uma audiência em Roma, o Papa pôs as mãos sobre a face da religiosa e orou por ela. Abençoou-a e sorriu. A enfermidade da mulher desapareceu por completo", conclui La Razón.
Diante disso, só podemos dizer: João Paulo II, intercedei por nós.
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